Mídias Sociais e a Cidadania 2.0
Diferente de todos os outros seguimentos, a política sempre é tratada por muitos como um modelo engessado e lento, levando-se em consideração o fluxo e a execução de seus projetos e processos. Isso porque não cabe somente a população, a comunidade, um grupo, decidir as condições de uma determinada lei, como consumidores fazem com um produto - escolhem para amá-los ou odiá-los. Claro, o cidadão possui sim ferramentas que possibilitam a transformação - o voto e a informação são algumas delas. Porém os meios digitais estão provando que também podem fazer parte dessa mudança e construir uma sociedade melhor. Nesse aspecto, as mídias sociais são cada vez mais aproveitadas para validar grandes processos democráticos.
Já até escrevi um post sobre a contribuição política das mídias sociais, no qual afirmo o poder que as novas mídias tem de politizar a sociedade. Seja por meio de um evento, hashtags, um grupo ou fórum de discussão, uma videoconferência para debate; fato é que o meio online não só conecta as pessoas, mas seus propósitos, pensamentos e atitudes. Mais: ela multiplica enormemente toda essa integração. Assim, as plataformas tecnológicas vão surgindo e sendo utilizadas por produtores de conteúdo que realizam o que o ser humano precisa para realizar a sociabilidade: o compartilhamento.
FACEBOOK E POLÍTICA 2.0
O Governo da Islândia criou uma página no Facebook há pouco tempo para incentivar sua população a criar uma Constituição democrática e digital. Através desse e de outros perfis como Twitter, Flickr, o cidadão islandês pode sugerir novas propostas de regulamentação de uma lei, informar sobre problemas que acontecem no local que reside e fomentar ações sociais. Nos últimos anos, a Islândia passou por sérios problemas econômicos e seu governo decidiu tornar mais ativa a participação de cada habitante para gerar um sistema não só mais igualitário, como também produzir um conjunto de leis e normas que tenham maior representatividade possível da sua sociedade.
VOTAÇÃO ONLINE PELAS MÍDIAS SOCIAIS
Por aqui, no Brasil, temos alguns exemplos de plataformas para gerar a democracia digital como o Cidade Democrática, que aproxima pessoas, empresas e governo para realizarem ações conjuntas através da identificação de necessidades e problemas apontados por cada um dentro do site, e o @votenaweb_ , que aceita propostas dos cidadãos e acompanha votações dos políticos brasileiros com uma excelente ferramenta de monitoramento dos votos - dá para ver se um Estado é a favor ou não da legislação que está sendo votada.
ELEIÇÕES BRASILEIRAS COM AS MÍDIAS SOCIAIS
Seja da maneira que for, o fundamental é perceber que a web e as mídias sociais não trazem apenas a informação cartesiana para o indivíduo e a sociedade. Não é só utilizar os instrumentos tradicionais para entender o que acontece e esperar que os seus representantes tenham a decisão de modificar suas vontades. Não é somente achar que existe uma representação para controlar os processos e decisões. O Portal da Transparência, por exemplo, lhe traz as notícias dos gastos do governo brasileiro de uma maneira geral. Pergunto: isso é suficiente hoje num mundo que a construção de algo não só precisa, como pode ser mais colaborativa por conta da internet e as mídias sociais? Ter um modelo como esse, só pela investigação da informação é válido? Ou construir e compartilhar é o que resulta em melhor sucesso de uma realização cognitiva? As últimas eleições presidenciais deram um passo muito pequeno perto de tudo que poderia ser alcançado e que poderá ser. Abaixo, o vídeo de como funciona um dos sites citados. Provoquei?
Até a próxima!
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