Caos no Japão provoca danos na indústria de eletrônicos

O terremoto e o tsunami instalaram o caos no Japão. Além das 5.100 mortes confirmadas até agora, os prejuízos se espalham por todos os lados, em diversos setores. 

Da indústria cervejeira à produção de automóveis no país. Todos vão sofrer as consequências do desastre natural ocorrido na semana passada. Possivelmente, até você, que está lendo este texto.

A indústria de eletrônicos, uma das principais hoje em dia em todo o mundo, está entre as mais castigadas no Japão. Gigantes como Sony, Fujitsu, Canon e Toshiba fecharam fábricas e vão ter suas produções afetadas significativamente. 

A infra-estrutura de transporte e energia do país está comprometida. Além disso, as quedas acentuadas em valor de mercado e a incapacidade do setor de suprir a demanda global estão prestes a gerar um efeito cascata nos mercados associados à eletrônica japonesa. 

Problemas na Toshiba, por exemplo, que produz grande parte dos chips de armazenamento para smartphones, tablets e câmeras, podem provocar dores de cabeça também na Apple, que precisa suprir a forte demanda por seus produtos e tem a Toshiba como importante fornecedora. Em apenas uma semana, o preço desses chips subiu 37%.

Os números não tendem a ajudar. O aumento médio já é de 17% em toda a indústria eletrônica do Japão e só tende a aumentar. A gigante Sony, que supre grande parte da demanda por monitores LCD e LED no mundo, acumula uma queda acentuada de 9% no valor de mercado.

Nesse mundo tão globalizado, é impossível não esperar que as dificuldades enfrentadas por essas empresas de relevância mundial não cheguem aqui, do nosso lado. Ou melhor, nos nossos bolsos. 

Não vai demorar muito para aquela TV dos seus sonhos ficar mais cara. E o tablet da moda, que já custa os olhos da cara?! O preço dele também deve subir. 

Globalização é assim mesmo: não dá para pensar que os problemas estão apenas do outro lado do mundo e nunca vão bater à nossa porta.