Indústria Pornô na vanguarda da tecnologia

 Em 1906, na Austrália há registros da criação do que seria o primeiro filme erótico do mundo. Esse tipo de produção existe desde o cinema mudo, quando os filmes eram exibidos em bordéis. Avanços maiores vieram na década de 70, com a classificação dos filmes por faixa etária. As produções intituladas como adultas, agora, poderiam ser exibidas em “salas especiais”. Nessa época, filmes como Garganta Profunda impulsionaram a criação de novos roteiros. Uma das películas mais lembradas desse universo arrecadou milhões, tendo um modesto orçamento de US$ 25 mil. A indústria de cinema para adultos saiu do obscuro mundo, para se tornar um negócio lucrativo. 

Na década seguinte a difusão do videocassete fez com que muitos pudessem assistir aos filmes no conforto de sua casa, o pornô se tornaria o maior responsável pela popularização do aparelho. Nessa década, também se obteve maior facilidade em produzir vídeos. As filmadoras invadiram o mercado de eletroeletrônicos, a capacidade tecnológica tornou o equipamento mais leve. Qualquer pessoa poderia filmar sua rotina de forma simples, imagina então como essa tecnologia seria explorada nas mãos dos diretores e empresários do entretenimento XXX?

Na década de 90, a explosão da internet trouxe outro patamar. O conteúdo se espalharia mais rapidamente e o acesso a boa parte das produções passa a ser gratuito. O avanço das linguagens de programação impulsionaram a disseminação desse conteúdo na internet. Em uma época onde um arquivo de vídeo deveria ser baixado, muitos sites pornôs já faziam seus experimentos na reprodução de vídeos on-line, players de vídeo surgiam diariamente, até hoje, os sites de vídeos eróticos apresentam inovações no modo de exibir suas produções.

A indústria pornográfica move a tecnologia do mesmo modo que a bélica a moveu por séculos, ela busca sempre estar na vanguarda da modernidade e explorar ao máximo suas aplicações. A mais nova aposta desse mercado circula nas mãos de boa parte do mundo: São os dispositivos portáteis.

Filmes exclusivamente direcionados para tablets (aparelhos portáteis no estilo do Ipad)  já estão sendo lançados pelas produtoras e até mesmo o Facetime, lançado pela Apple no Iphone 4, já ganhou uma versão adulta.. A Mobile Adult Industry já fatura cerca de US$ 520 milhões por ano, só na Europa, crescendo de forma espantosa nos Estados Unidos.

Dinheiro que surge de novas formas de monetização que o próprio mundo pornográfico criou. Cobrar por exibições, clicks, streaming de vídeo, imagens de alta resolução, transações com cartão de crédito online, assinatura de serviços, criptografia e várias outras tecnologias se popularizam ao monetizar sites de conteúdo adulto. 

Produtoras disputam uma corrida onde o vencedor entrará para história com o primeiro filme erótico em 3D. Por atitudes como essa que já se pode arriscar que a popularização da TV em 3D será outra grande conquista do mercado erótico. Quem aposta?

Foxxavier é estudante de jornalismo do 6° período, carioca, viciado em tecnologia que se identifica com o L do anime Death Note. Blogueiro há cerca de 3 anos . Colaborou e ajudou em muitos blogs e já passou pela equipe de 5 blogs.