Kinect: Uma nova esperança

Kiya Varella | 19:05 | 0 comentários


Desde o lançamento do Nintendo Wii, poucos foram os consoles com a mesma interatividade do aparelho da Nintendo. Foi quando a Sony e a Microsoft surgiram com o PS Move (que não inovou tanto, pois usa quase o mesmo sistema dos controles do NintendoWii) e o Kinect que é uma câmera que capta os seus movimentos para controlar o game no vídeo.

(Para aqueles que querem uma review melhor sobre o kinect click aqui, já que esse não é o objetivo deste post)

Desde o seu lançamento, surgiram histórias emocionantes sobre portadores de necessidades especias. A primeira é de um pai, chamado John Yan, dono do portal Gaming Nexus, que não teve interesse na tecnologia, mas resolveu comprar.  Enquanto ele testava o aparelho, seu filho de quatro anos ficou interessado, já que achou a embalagem divertida. O filho de John possui autismo e se sentia frustrado em ter que usar joysticks, algo que não é fácil para ele, mesmo já tendo tentado varias vezes e repetindo a frase "Papai quero jogar com você.", o que acabava acontecendo era que o menino não conseguia manipular os comandos. Depois de ver seu filho jogando o pirmeiro minigame, ele fez a seguinte declaração:

“Ele pulava por todos os lados e balançava seus braços e pernas tentando socar as bolas de volta nos blocos. Era muito legal de ver, mas o que realmente me deixou impressionado foi quando o jogo acabou. Meu filho pôde navegar pelos menus sem o menor problema.”

“Eu dizia ‘segure sua mão e coloque no botão’. Sem hesitação, ele levantou sua mão e moveu em cima do botão na tela, e segurou até a animação circular terminar, indicando que o botão foi pressionado.”

“Depois desse ensinamento inicial, ele continuou explorando todos os menus sem praticamente qualquer direcionamento meu. Eu simplesmente fiquei parado e impressionado com o que eu acabei de ver. O time de design da Microsoft fez um trabalho tão bom criando uma interface de usuário com o Kinect que meu filho conseguiu navegar por cada menu para ir ao próximo round em Rally Ball. É intuitivo o suficiente que eu mal precisei ensinar meu filho de quatro anos com necessidades especiais como usar o menu.”

“Pela primeira vez, eu pude jogar algo com meu filho e não passar tempo algum com ele ficando frustrado por não conseguir fazer nada, ou ter um personagem travado numa tela. Ele se divertiu com todos os jogos e de fato se deu bem em todos eles. A alegria nos seus olhos enquanto ele era capaz de completar as tarefas e se mover pelos menus é algo que eu nunca vou esquecer.”

O segundo caso, é do gamer brasileiro Arilson Karmo, morador de Bauru, São Paulo, cujo irmão tem 32 anos e sofre de síndrome de Down. Por causa da doença, não possui coordenação motora para utilizar os controles tradicionais dos vídeo games.:

“Tenho 22 anos, moro em Bauru e comprei o Kinect numa grande loja internacional. Tenho um irmão com Síndrome de Down de 32 anos, que não sabe ler nem escrever, mesmo tendo frequentado por 24 anos a escola especial (APAE). [Ele] faz alguns cálculos, sabe ver hora, reconhece símbolos e é apaixonado pelo Palmeiras, porem NUNCA jogou videogame, pois não tem coordenação [motora] para os controles…

Bom, no dia em que comprei o Kinect, instalei, calibrei e comecei a brincar. Esse meu irmão foi falar tchau para mim no quarto, porque ele estava indo para a escola. Bom, ele chegou do meu lado e olhou o avatar imitando ele na TV , no jogo Ricochet, e na hora ele começou a tentar bater nas bolas, e começamos a jogar. Foi emocionante demais. Aí meu pai chegou, eu saí do jogo e [eles] começaram a jogar. Minha mãe estranhando foi no quarto ver por que todos estávamos rindo muito alto, e viu o meu irmão interagindo com o personagem e com os menus. Na hora foi um choque muito grande…"

Para a maioria dos gamers e geek, que tem sua saúde física e mental perfeitas, jogar não é uma tarefa complicada, já aqueles que possuem algum tipo de deficiência, um simples game se transforma na  chance de interagir com a família, desenvolver a coordenação motora e trabalhar a alto estima. A tecnologia volta a cumprir seu papel de facilitar e mudar vidas.




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